A escoliose é uma curvatura anormal da coluna vertebral, muito comum em adolescentes, e que possui características multifatoriais.
A mais comum é a Escoliose Idiopática com maior incidência no sexo feminino e curvaturas entre 10 graus ou mais. Geralmente não são progressivas e podem ou não ser acompanhadas de dor (dependendo da idade e o grau da escoliose). Acredita-se que escolioses com ângulos maiores que 45º devam ser estabilizadas cirurgicamente.
Em alguns casos pode ocorrer transtornos psicossociais devido a deformidades estéticas percebidas na maioria das vezes pelos pais. O diagnóstico e tratamento dependem principalmente da avaliação clínica e do exame de RX que permite verificar o ângulo da deformidade.
Segundo o último Guideline de 2016 as recomendações para o tratamento da escoliose são:
- Prevenir a progressão da curva escoliótica durante a fase de crescimento
- Inserir exercícios específicos de fisioterapia pra controle da progressão da curva
- Estimular a prática de esportes
Um estudo da revista Cochrane, indicou que o colete pode evitar a progressão da escoliose mas destaca que mais estudos devem ser feitos para saber em quais casos isso pode ser aplicado.
Em uma recente revisão sistemática de 2019, comparou-se o tratamento conservador e cirúrgico para escoliose idiopática em adolescentes. A conclusão foi que exercícios específicos podem ser eficazes para melhorar as medidas de deformidade da coluna vertebral sem a necessidade de cirurgia na grande maioria dos casos.
Fica claro que a escoliose é uma condição que tem que ser acompanhada de perto pelos profissionais de saúde. Analisar a progressão da curva durante a fase de crescimento é importante e estimular a atividade física e exercícios específicos é de grande valia para esses pacientes.
Devemos nos atentar no impacto que a curva escoliótica pode causar no aspecto psicológico do adolescente, podendo potencializar o aparecimento de alterações ligadas a deformidade.